Caso BMW: customização para aumentar ronco do carro teria causado vazamento de gás tóxico que matou jovens
Redação RedeTV!Testemunhas ainda alegaram que um dos jovens ligou para o SAMU, buscando por ajuda pouco antes do óbito
(Foto: Felipe Sales/NSC TV)
Quatro jovens foram encontrados mortos dentro de uma BMW em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã de segunda-feira (1º). A principal suspeita da Polícia Civil é a de que uma perfuração no cano de escape do veículo teria levado a intoxicação deles por monóxido de carbono.
O vazamento seria resultante de uma modificação feita no cano de escape, para aumentar o ronco do motor. Segundo o delegado Bruno Effori, a customização acabou perfurando a ligação entre o painel e o escapamento, o que, em tese, direcionou o gás tóxico para o ar-condicionado. Agora, a polícia investiga se a perfuração foi um defeito de fábrica ou se foi provocada.
“Isso estaria jogando monóxido de carbono para dentro do carro, que permaneceu ligado por horas, com os jovens dentro, enquanto aguardavam a passageira. Câmeras de segurança devem confirmar, mas estimamos em cerca de 3 horas”, informou o agente à CNN Brasil.
Segundo informações do G1, uma testemunha ainda teria relatado que os jovens chegaram a buscar por ajuda horas antes do óbito. Nicolas Kovaleski, de 16 anos, teria acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) informando que estavam passando mal e foi orientado a procurar um hospital. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), no entanto, negou que houve um pedido de ajuda e destacou que o primeiro contato aconteceu às 7h21.
Effori afirmou que o SAMU deverá ser chamado para prestar esclarecimentos e averiguar se houve omissão.
Entenda o caso
Gustavo Pereira Silveira Elias , de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, 19 anos, Nicolas Kovaleski, 16 anos, e Tiago de Lima Ribeiro, 21 anos, foram a óbito após sofrerem uma parada cardiorrespiratória dentro de uma BMW estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú.
Os jovens teriam ido até a rodoviária para buscar a namorada de um deles, mas ao chegar ao local começaram a passar mal, com sintomas como enjoo, vômito e tremedeira. Com isso, eles decidiram aguardar no carro com o ar-condicionado ligado até que estivessem bem para prosseguir viagem.
A jovem que eles foram buscar, por não estar com nenhum dos sintomas, ficava entrando e saindo do carro para constatar se eles estavam bem. Cerca de 40 minutos depois do lado de fora, ao voltar, ela constatou as mortes.
De acordo com testemunhas ao Exame, os quatro jovens estavam com os olhos bem vermelhos e esbugalhados, havia vômitos por todo o veículo, uma das vítimas estava com o braço arroxeado e outra com sangue escorrendo pela boca.
Segundo o delegado Bruno Effori, a principal suspeita da causa da morte é intoxicação, já que os jovens ficaram dentro do carro ligado por cerca de quatro hora com o ar-condicionado funcionando.
A equipe médica do Samu tentou ressuscitar o grupo por 40 minutos, sem sucesso.
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